Translate

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A CULTURA AFRICANA

CULTURA AFRICANA 

Em meados de 1935 o continente africano passou por uma africanização das religiões vindas de fora, cristianismo e islamismo. Surgiram igrejas cristãs independentes particularmente na África Central e Meridional. No Senegal o islamismo passou por uma africanização mais profunda, sob influência de movimentos tais como a confraria moura de Amadou Bamba (MAZRUI; WONDJI. 2010 p.2). 
Segundo Phillipson (2014, p.70), “Muitos dos habitantes do norte da África são de origem árabe, e o islamismo é a religião mais difundida nessa região. […] O Sul da Africa é predominantemente cristão  em sua maioria habitado por seguidores do catolicismo romano. 
Com relação a língua podemos considerar o papel daquelas difundidas pelos colonizadores europeus e o alfabeto latino no processo de codificação das línguas dos estados africanos. O continente africano não traduziu para o plano linguístico o nacionalismo ocorrido no plano político, eles se frustraram menos com a preponderância das línguas europeias do que com a supremacia política dela. Assim com exceção da Etiópia, Somália, Tanzânia e da África de língua árabe, o nacionalismo linguístico apresenta-se bem reduzido na África em comparação com o ocorrido na Ásia pós-colonial. A África demonstra maior disposição em acomodar-se à dependência linguística do que ela parece estar pronta a admitir o neocolonialismo político (MAZRUI; WONDJI. 2010 p.2). 
Por outro lado, mesmo que em língua estrangeira a literatura e o teatro africano são favoráveis a politica de libertação.  No período da década de 1930 o teatro da libertação aparece de maneira mais marcante do que o teatro do desenvolvimento. Este foi o período da história que o mundo ocidental relembrou aos africanos, a sua identidade pan-africana. A identidade nigeriana, queniana ou marfinense não teria existido sem o colonialismo europeu. A Europa é consequentemente a mãe ilegítima da consciência nacional dos nigerianos, quenianos e marfinenses (MAZRUI; WONDJI. 2010 p.2).


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA



MAZRUI, A. A.; WONDJI, C. História geral da África, VIII: África desde 1935. Brasília : UNESCO, 2010. 


PHILLIPSON, OllyAtlas Geográfico Mundial. São Paulo: Fundamento Educacional Ltda, 2014. 


Por: Leandro dos Santos Faria. Graduando de Geografia na FASM-Muriaé.

EUROCENTRISMO

EUROCENTRISMO 


É difícil para a sociedade atual compreender a África como um continente que possui diversas culturas, religiões e povos que comumente estão organizados em tribos e isso porque carregamos uma herança dos europeus que encoberta a realidade e cobre de mitos e ficções a história da África propondo que este seja um continente atrasado e sem cultura e mesmo que outros povos e continentes  tenham sofrido com preconceitos, nenhum outro foi, e ainda é, tão marcado quanto o africano. “Certo é que a o mundo ocidental construiu o seu relacionamento com as populações extra-européias  com base em preconceitos de todo tipo.” (SERRANO; WALDMAN. 2007). 
Segundo Serrano; Waldman (apud WALDMAN, 2004 e 2006b, p.21) 

Indiscutivelmente, ainda que existam visões estereotipadas cultivadas contra outros povos e regiões, a África, mais do que qualquer outro continente, terminou encoberta por um véu de preconceitos que ainda hoje marcam a percepção da sua realidade. 


Serrano; Waldman (2007, p.22) afirmam que para os europeus os povos do sul (considerados não civilizados) deveriam ser subordinados aos povos do norte (considerados civilizados na visão eurocêntrica) essa ideia foi difundida até mesmo por representantes do iluminismo tais como Volteire (França), Hume (Escócia), Kant (Alemanha), e Jefferson (Estados Unidos) que negaram que os africanos teriam capacidades literárias. Para Hegel a África nem mesmo fazia parte história universal. Assim a África seria apenas um eterno território provedor de bens e serviços para as potências colonizadoras da Europa. 
De maneira geral a Europa possuía o domínio das fronteiras terrestres de todos os continentes, definia onde acabava e onde começava um território, nomeou os mares, as terras emersas, os trópicos, os meridianos e horário mundial era estabelecido pelo meridiano que passa pela capital britânica, Londres (SERRANO; WALDMAN, 2007). 


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


SERRANO, CarlosMemória D'África: a temática africana em sala de aula. São Paulo: Cortez, 2007.


Por: Leandro dos Santos Faria. Graduando de Geografia na FASM-Muriaé.

PROJEÇÕES CARTOGRAFICAS

Projeções Cartográficas (definição)
A projeção cartográfica é definida como um tipo de traçado sistemático de linhas numa superfície plana, destinado à representação de paralelos de latitude e meridianos de longitude da Terra ou de parte dela, sendo a base para a construção dos mapas.
Segundo Paulo Araújo Duarte “Uma projeção cartográfica é a base para a construção dos mapas, pois ela se constitui numa rede de paralelos e meridianos, sobre o qual os mapas poderão ser desenhados. Parte-se do principio de que, sendo a terra uma esfera, esta, ao ser colocada numa folha de papel, devera adaptar-se a uma forma plana. Para que isso ocorra só há um modo: pressionar o globo terrestre para que ele fique plano logicamente que ao sofrer tal pressão o globo irá partir em vários lugares. A terra ficara plana (um mapa), porém com uma série de deformações. Então a Cartografia busca solucionar este problema com base no estudo das projeções cartográficas, apesar de que se saiba que nenhuma delas irá evitar a totalidade das deformações.”
Classificação das projeções cartográficas
Projeção Cilíndrica: O plano da projeção é um cilindro envolvendo a esfera terrestre. Após realizada a projeção dos paralelos e meridianos do globo para o cilindro, este é aberto ao longo de um meridiano, tornando-se um plano sobre o qual será desenhado o mapa.
Tipos de projeções cilíndricas:
  • Cilíndrica direta tangente, quando o cilindro tem seu eixo perpendicular ao equador, tocando apenas esta linha.
  • Cilíndrica direta secante, quando o cilindro tem também seu eixo perpendicular ao plano do equador, porém o globo terrestre ao longo de dois paralelos.
  • Cilíndrica transversa tangente
  • Cilíndrica transversa secante, quando o cilindro está na posição anterior, porém cortando o globo terrestre ao longo de dois paralelos.
  • Cilíndrica oblíqua tangente, o cilindro é colocado em qualquer outra posição que não seja direta ou transversa.
  • Cilíndrica oblíqua secante, o cilindro também é colocado em qualquer outra posição que não seja direta ou transversa.




Projeção Cônica: O plano da projeção é um cone envolvendo a esfera terrestre. Os paralelos são círculos concêntricos e os meridianos retos convergem para o polo.
Tipos de projeções cônicas:
  • Cônica normal tangente, o eixo do cone é perpendicular ao plano do Equador, tocando apenas um paralelo.
  • Cônica normal secante, o cone corta o globo terrestre em dois pontos, tendo o eixo perpendicular ao plano do Equador.
  • Cônica transversa tangente, o eixo do cone é coincidente com o plano do Equador.
  • Cônica transversa secante, o eixo do cone coincide com o plano do equador, más corta o globo terrestre em dois pontos.
  • Cônica oblíqua tangente, o cone é colocado com seu eixo inclinado em relação ao plano do Equador.
  • Cônica obliqua secante, o cone também é colocado com seu eixo inclinado em relação ao plano do Equador, porém cortando o globo terrestre.
Projeção Plana ou Azimutal: O plano da projeção é um plano tangente à esfera terrestre. Os paralelos são círculos concêntricos e os meridianos retos irradiam-se do polo.
Tipos de projeções planas:
  • Plana polar, o plano tangencia um dos polos geográficos.
  • Plana equatorial, o plano tangencia a linha do Equador.
  • Plana obliqua, o plano é colocado em qualquer posição desde que não seja no equador nem nos polos.
Os tipos anteriores podem sofrer variações mudando-se a posição do ponto de vista. Conforme o caso, a projeção poderá receber uma das seguintes denominações: gnomônica, estereográfica e ortográfica.
  • Projeção gnomônica: o ponto de vista fica situado no centro da esfera.
  • Projeção estereográfica: o ponto de vista fica situado diametralmente oposto a superfície de projeção.
  • Projeção ortográfica: o ponto de vista fica situado no infinito, sendo a projeção obtida por raios paralelos entre si sobre uma superfície perpendicular.


Projeções cartográficas mais utilizadas
  • Projeção Cilíndrica: Depois de realizada a projeção dos paralelos e meridianos do globo para o cilindro, este é aberto ao longo de um meridiano, tornando-se um plano sobre o qual será desenhado o mapa.
  • Projeção Cônica: A projeção cônica é muito utilizada para representar partes da superfície terrestre
  • Projeção Plana ou Azimutal: É utilizada principalmente, para representar as regiões polares e na localização de países na posição central.
  • Projeção Senoidal: Trata-se de um tipo de projeção que procura manter as dimensões superficiais reais, deformando a fisionomia. Esta deformação intensifica-se na periferia do mapa.
  • Projeção de Mercator ou Projeção Cilíndrica Conforme: conserva a forma dos continentes, direções e os ângulos verdadeiros. Muito utilizada para navegação marítima e aeronáutica.
  • Projeção de Peters ou Projeção Cilíndrica Equivalente: não mantém as formas, direções e ângulos, conserva a proporcionalidade das áreas, preservando as superfícies representadas.
  • Projeção de Hölzel: Apresenta contorno em elipse, proporcionando uma ideia aproximada da forma esférica da Terra com achatamento dos polos.
  • Projeção Azimutal Equidistante Polar: O polo norte é o centro do mapa, e a partir dele as distâncias estão em escala verdadeira, bem como os ângulos azimutais.
  • Projeção de Robinson: é uma representação global da Terra. Os meridianos são linhas curvas (elipses) e os paralelos são linhas retas.








Referencias bibliográficas
DUARTE, Paulo Araújo. Fundamentos de Cartografia. 2. Ed. Florianópolis: UFSC,2002.100 - 106.p
pt.wikipedia.org/wiki/Projeção_cartográfica

http://www.brasilescola.com/geografia/projecoes-cartograficas.htm


Por: Leandro dos Santos Faria. Graduando de Geografia na FASM-Muriaé