Malandragem
A malandragem nos dias de hoje se
aproxima da violência e da bandidagem, que afronta a ordem e as
autoridades, distinguindo-se por exemplo do malandro da década de 30
que era bem visto por todos.
Segundo DaMatta (1997) o
malandro se encontra em uma linha intermediaria entre o caxias, que é
um indivíduo que respeita todas as leis e regras da sociedade, e o
bandido ou criminoso que se exclui da sociedade rompendo com as
importantes regras sociais. Podemos definir o malandro como o meio
termo aceitável ou razoável entre o caxias e o bandido.
Em
outra vertente tem-se o otário, ou seja o indivíduo que permite a
existência do malandro. O otário pode ser identificado como sendo o
estado ou o caxias.
DaMatta (1997) propõe uma
distinção entre o malandro e a malandragem como valor, pois a
malandragem é algo que fazemos no dia a dia, como comprar produtos
pirateados. É neste ponto que o otário tem a sua origem: quando
por exemplo alguém compra um produto licenciado de elevado valor
monetário ao invés de optar pela compra de um produto não
licenciado idêntico ao original, porém de baixo valor monetário.
Algumas praticas comuns de um
malandro são: Não declarar ou declarar parcialmente o imposto de
renda, negligenciar os sinais de transito, compra de produtos não
licenciados ou que não pagam direitos autorais, furar filas entre
varias outras práticas.
A malandragem é um sintoma de má
relação de um indivíduo com o estado. Uma sociedade de malandros é
criada quando o estado prega leis que contrariam aquilo que é
praticado por sua população ou que esta população considera uma
pratica razoável, isso torna ações comuns em crimes.
A malandragem apresenta então
uma outra vertente da sociedade se opondo em parte à sociedade que
quer leis e possui um furor jurídico.
No berço politico podemos
encontrar “Malandro Oficial candidato a Malandro Federal” é o
que diz uma frase escrita por Chico Buarque na década de 1950 e que
cabe muito bem aos dias de hoje.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
DaMatta
Roberto. Carnavais,
malandros e herois: por uma sociologia do dilema brasileiro. 6.
ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.
Por: FARIA, Leandro dos Santos Graduando de Geografia da FASM-Muriaé.
Por: FARIA, Leandro dos Santos Graduando de Geografia da FASM-Muriaé.