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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

PROJEÇÕES CARTOGRAFICAS

Projeções Cartográficas (definição)
A projeção cartográfica é definida como um tipo de traçado sistemático de linhas numa superfície plana, destinado à representação de paralelos de latitude e meridianos de longitude da Terra ou de parte dela, sendo a base para a construção dos mapas.
Segundo Paulo Araújo Duarte “Uma projeção cartográfica é a base para a construção dos mapas, pois ela se constitui numa rede de paralelos e meridianos, sobre o qual os mapas poderão ser desenhados. Parte-se do principio de que, sendo a terra uma esfera, esta, ao ser colocada numa folha de papel, devera adaptar-se a uma forma plana. Para que isso ocorra só há um modo: pressionar o globo terrestre para que ele fique plano logicamente que ao sofrer tal pressão o globo irá partir em vários lugares. A terra ficara plana (um mapa), porém com uma série de deformações. Então a Cartografia busca solucionar este problema com base no estudo das projeções cartográficas, apesar de que se saiba que nenhuma delas irá evitar a totalidade das deformações.”
Classificação das projeções cartográficas
Projeção Cilíndrica: O plano da projeção é um cilindro envolvendo a esfera terrestre. Após realizada a projeção dos paralelos e meridianos do globo para o cilindro, este é aberto ao longo de um meridiano, tornando-se um plano sobre o qual será desenhado o mapa.
Tipos de projeções cilíndricas:
  • Cilíndrica direta tangente, quando o cilindro tem seu eixo perpendicular ao equador, tocando apenas esta linha.
  • Cilíndrica direta secante, quando o cilindro tem também seu eixo perpendicular ao plano do equador, porém o globo terrestre ao longo de dois paralelos.
  • Cilíndrica transversa tangente
  • Cilíndrica transversa secante, quando o cilindro está na posição anterior, porém cortando o globo terrestre ao longo de dois paralelos.
  • Cilíndrica oblíqua tangente, o cilindro é colocado em qualquer outra posição que não seja direta ou transversa.
  • Cilíndrica oblíqua secante, o cilindro também é colocado em qualquer outra posição que não seja direta ou transversa.




Projeção Cônica: O plano da projeção é um cone envolvendo a esfera terrestre. Os paralelos são círculos concêntricos e os meridianos retos convergem para o polo.
Tipos de projeções cônicas:
  • Cônica normal tangente, o eixo do cone é perpendicular ao plano do Equador, tocando apenas um paralelo.
  • Cônica normal secante, o cone corta o globo terrestre em dois pontos, tendo o eixo perpendicular ao plano do Equador.
  • Cônica transversa tangente, o eixo do cone é coincidente com o plano do Equador.
  • Cônica transversa secante, o eixo do cone coincide com o plano do equador, más corta o globo terrestre em dois pontos.
  • Cônica oblíqua tangente, o cone é colocado com seu eixo inclinado em relação ao plano do Equador.
  • Cônica obliqua secante, o cone também é colocado com seu eixo inclinado em relação ao plano do Equador, porém cortando o globo terrestre.
Projeção Plana ou Azimutal: O plano da projeção é um plano tangente à esfera terrestre. Os paralelos são círculos concêntricos e os meridianos retos irradiam-se do polo.
Tipos de projeções planas:
  • Plana polar, o plano tangencia um dos polos geográficos.
  • Plana equatorial, o plano tangencia a linha do Equador.
  • Plana obliqua, o plano é colocado em qualquer posição desde que não seja no equador nem nos polos.
Os tipos anteriores podem sofrer variações mudando-se a posição do ponto de vista. Conforme o caso, a projeção poderá receber uma das seguintes denominações: gnomônica, estereográfica e ortográfica.
  • Projeção gnomônica: o ponto de vista fica situado no centro da esfera.
  • Projeção estereográfica: o ponto de vista fica situado diametralmente oposto a superfície de projeção.
  • Projeção ortográfica: o ponto de vista fica situado no infinito, sendo a projeção obtida por raios paralelos entre si sobre uma superfície perpendicular.


Projeções cartográficas mais utilizadas
  • Projeção Cilíndrica: Depois de realizada a projeção dos paralelos e meridianos do globo para o cilindro, este é aberto ao longo de um meridiano, tornando-se um plano sobre o qual será desenhado o mapa.
  • Projeção Cônica: A projeção cônica é muito utilizada para representar partes da superfície terrestre
  • Projeção Plana ou Azimutal: É utilizada principalmente, para representar as regiões polares e na localização de países na posição central.
  • Projeção Senoidal: Trata-se de um tipo de projeção que procura manter as dimensões superficiais reais, deformando a fisionomia. Esta deformação intensifica-se na periferia do mapa.
  • Projeção de Mercator ou Projeção Cilíndrica Conforme: conserva a forma dos continentes, direções e os ângulos verdadeiros. Muito utilizada para navegação marítima e aeronáutica.
  • Projeção de Peters ou Projeção Cilíndrica Equivalente: não mantém as formas, direções e ângulos, conserva a proporcionalidade das áreas, preservando as superfícies representadas.
  • Projeção de Hölzel: Apresenta contorno em elipse, proporcionando uma ideia aproximada da forma esférica da Terra com achatamento dos polos.
  • Projeção Azimutal Equidistante Polar: O polo norte é o centro do mapa, e a partir dele as distâncias estão em escala verdadeira, bem como os ângulos azimutais.
  • Projeção de Robinson: é uma representação global da Terra. Os meridianos são linhas curvas (elipses) e os paralelos são linhas retas.








Referencias bibliográficas
DUARTE, Paulo Araújo. Fundamentos de Cartografia. 2. Ed. Florianópolis: UFSC,2002.100 - 106.p
pt.wikipedia.org/wiki/Projeção_cartográfica

http://www.brasilescola.com/geografia/projecoes-cartograficas.htm


Por: Leandro dos Santos Faria. Graduando de Geografia na FASM-Muriaé

Irmandades negras e a formação da territorialidade africana nas minas da América Portuguesa

Irmandades negras e a formação da territorialidade africana nas minas da América Portuguesa

Sérgio Antônio de Paula Almeida, Faculdade Santa Marcelina

Sérgio Antônio de Paula Almeida escreve que o terreno comum dos historiadores culturais pode ser a preocupação com o simbolo e suas interpretações. Assim o artigo objetiva apresentar as irmandades negras no cenário das minas setecentistas. O movimento religioso dos negros se coloca prante a sociedade mineradora como fonte de bem-estar e estabelecimento de ordem social embutida ao escravista no seculo XVIII. Negros, escravos, forros, crioulos e homens livres puderam se estabelecer em sua microrregião formando uma sociedade singular diferente do contexto da época.
Para Sérgio os grupos humanos aprendem a explorar o espaço e a encerrá-lo em sistemas de representações que permitem pensá-lo. A partir da analise da formação e atuação das Irmandades Religiosas nas Minas Portuguesas ele apresenta as estruturas e interpretações de seus membros como agentes sociais.
Em busca da autoafirmação social e da reconstrução do sagrado deixado em território africano se apresenta nas Minas como uma condição encontrada para alcançar dignidade, preservar a vida e se sobressair mediante condições impostas pelo escravismo colonial.
O Autor Afirma que as Irmandades Negras sobressaíram à suas fronteiras. Juntos os “irmãos” além de ajuda mutua prestavam culto próprio enquanto grupo étnico e recriavam o mundo que haviam pertencido. Eles transmitiam a sua concepção religiosa e a sua cultura.
Ele afirma que uma vez retirados da sua localidade de origem os africanos sofreram os impactos da escravidão porém enquanto indivíduos sociáveis e atuantes em suas comunidades de origem preservaram suas raízes ancestrais, recriaram seu espaço territorial e os transmitiram a seus descendentes a herança cultural deixada na África.
Formada por estatutos e sob a vigília da Igreja Católica as confrarias negras formaram um território característico para assimilação da cultura e busca pela identidade enquanto grupo étnico pertencente ao sistema escravista. Dessa forma os africanos conceberam um novo contexto para o termo “territorialidade”.
Para Sérgio com a conquista do espaço social e étnico reconquistado com a formação do grêmio religioso foi aberto espaço para conflitos dentro da sociedade colonial . As raízes ancestrais se libertam e os grupos religiosos recriam a partir do culto religioso a institucionalização do grupo étnico.
Os escravos africanos recriaram a sua terra e seus descendentes remodelaram de forma similar a terra de origem de seus ancestrais. Reinventaram a África do outro lado do Atlântico.
Segundo o autor após 400 anos da implantação do sistema escravista na América restaram as heranças.
Para ele as manifestações religiosas sobre a égide do catolicismo possibilitou a reinvenção da vida, do culto ancestral. Possibilitou conquistar o espaços sagrados e uma nova definição territorial para os negros. Seus modos de ver a vida e de convivência colonial se dividiram: de um lado, o negro, escravo e desvalorizado socialmente pela elite dominante; do outro o Negro, africano em terras distantes e disposto a manter viva a herança cultural de sua terra ancestral.


Por: Leandro dos Santos Faria. Graduando de Geografia na FASM-Muriaé

ANALISE DE UM ARTIGO CIENTIFICO.

1 - ANALISE DO ARTIGO CIENTÍFICO


1.1 – TEMA : crimes ambientas. (p.175, l.1).

1.2 – TITULO : crimes ambientais no município de Muriaé

1.3 - INTRODUÇÃO: o trabalho realizou a analise de crimes ambientais provenientes de atividades diversas na cidade de Muriaé, entre as quais citamos as de atividade comercial de produtos agropecuários, Atividades comerciais de lavagem de autos, introdução de espécies exóticas,ordenamento urbano e patrimonio cultural. Foram analisados também dados de Boletins de Ocorrência de Crimes Ambientais no período de fevereiro a julho de 2011. Os argumentos foram fundamentados em dialogo com os autores Dajoz (2005) e Costa(2007), além de ter embasado na Resolução Conama (2005) e na Lei Nº. 9605-1998. Seu interesse é compreender a espacialização dos crimes ambientais na cidade. (p.175, l.3).

1.4 – OBJETIVOS : caracterizar e quantificar os crimes ambientas na areá urbana e rural do município de Muriaé.(p.175, l.1).

1.5 – JUSTIFICATIVA : há uma carência de trabalhos no que diz respeito a essa temática, oque torna um desafio a organização dessas informações. (p. 175, l.8).

1.6 – PROBLEMA: incidência e características dos crimes ambientais no Município de Muriaé. (p.175, l.1).


1.7 - REFERENCIAL TEÓRICO :
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA. nº. 357 de 17 de março de 2005
Art. .34. Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de água desde que obedeçam as condições e padrões previsto neste artigo, resguardadas outras exigências cabíveis:” (p.179, l.6).


COSTA, M. J. C.; SOUZA, J. T.; LEITE, V. D.; LOPES, W. S.; SANTOS, K. D. Impactos socioambientais dos lava jatos em uma cidade de médio porte. Revista Saúde e Ambiente/ Health and Environment Journal, v.8, n. 1, jun. 2007.
já que os efluentes gerados por tais empreendimentos são potencialmente poluidores contendo uma quantidade considerável de derivados de petróleo e de surfactantes, como apontam Costa e Souza et al. (2007).”

DAJOZ, R. Princípios de Ecologia. (Td. Fátima Murad). 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
'Para Dajoz (2005), o comercio de animais é uma causa significativa para a perda da biodiversidade, porem não é a única atividade” (p.181, l.25).

1.8 – METODOLOGIA : Foi utilizada no artigo a metodologia qualitativa. “Como técnica de pesquisa, fez-se a opção de aplicação de uma pesquisa empírica, com aplicação de questionário ao público alvo da pesquisa, a saber: responsáveis pela atividade comercial de produtos agropecuários (EECPA) e de Lavagem de Autos, e os moradores da Zona Rural de Muriaé sobre a Introdução de Espécies Exóticas.” (p.176, l.10).

1.9 - INSTRUMENTOS DE PESQUISA : Questionário: “Além disso foi utilizado questionário aos empreendimentos com atividade relacionada à lavagem de autos (EELA)...” (p.176, l.30); Observação: “ Com as EECPAs, foi possível observar que apenas três das oito lojas entrevistadas comercializavam motosserras (37,5%) q apenas uma (12,5%) desconhecia a legislação, alegando que não estava renovando o estoque devido a demanda, e que restava apenas o produto de mostruário.” (p.177, l.21).


2 . OPINIÃO DA EQUIPE


A equipe pode entender o passo a passo para o desenvolvimento de um artigo cientifico, aumentando o conhecimento a cerca da escolha de um tema, objetivos, problema de pesquisa, metodologia e outros, fornecendo base para que os alunos possam produzir durante e depois do curso artigos fundamentados e que agreguem conhecimentos a sociedade. O artigo cientifico analisado é muito pertinente a disciplina cursada pelos integrantes da equipe, assim a linguagem utilizada foi de fácil entendimento, e o artigo pode trazer ao nosso conhecimento a existência de atividades ilícitas prejudiciais ao meio ambiente na cidade de Muriaé e os impactos causados por essas atividades.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA



DUC IN ALTUM. Muriaé: FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS SANTA MARCELINA, v. 11, 2011.

Por: FARIA, Leandro dos Santos. Graduando de Geografia da FASM-Muriaé.

O QUE É CARTOGRAFIA?

Cartografia é um conjunto de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas, baseado nos resultados de observações diretas ou de análise de documentação, com vistas à elaboração e preparação de cartas, projetos e outras formas de expressão, assim como a sua utilização.
Operações cientificas: Utilização de conhecimentos específicos como escala e sistemas de coordenadas para elaboração de mapas, Geodésia, estudo de campo com objetivo de levantar dados necessários para descrever a realidade a ser comunicada através da representação cartográfica.
Operações Artísticas: os mapas e outras representações - terrestres ou não – tem que respeitar determinados aspectos estéticos, pois estes apresentam certas particularidades, como a necessidade de ser de fácil entendimento e interpretação e também se mostrar agradável à observação sendo necessário para isso, apresentar boa disposição de seus elementos (cores, símbolos, legenda, margens etc.), apresentando clareza, harmonia, simplicidade e fácil entendimento.
Operações Técnicas: medição da superfície terrestre por princípios de geometria, projeção cartográfica, obtenção de medidas lineares e medidas superficiais.


http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/processo_cartografico.html

Por: FARIA, Leandro dos Santos. Graduando de Geografia da FASM-Muriaé.

REVOLUÇÃO RUSSA DE 1917

A REVOLUÇÃO RUSSA É CONSIDERADA O MODELO CLÁSSICO DE REVOLUÇÃO PROLETÁRIA QUE DESTRUIU A ORDEM CAPITALISTA E BURGUESA LANÇANDO OS FUNDAMENTOS DO PRIMEIRO ESTADO SOCIALISTA DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE.

ANTECEDENTES

FIM SÉC XIX - 20 MILHÕES DE QUILÔMETROS QUADRADOS E MAIS DE CEM MILHÕES DE HABITANTES, SENDO SUA PRINCIPAL CARACTERÍSTICA O GRANDE ATRASO ECONÔMICO EM RELAÇÃO AOS PAÍSES A EUROPA OCIDENTAL. ENQUANTO INGLATERRA, FRANÇA E ALEMANHA PASSAVAM POR UM PROCESSO ACELERADO DE DESENVOLVIMENTO URBANO-INDUSTRIAL, EVOLUÍAM PARA REGIMES CONSTITUCIONAL-PARLAMENTARES E REALIZAVAM UM ENORME AVANÇO TÉCNICO-CIENTÍFICO, A RÚSSIA PERMANECIA NO ATRASO ECONÔMICO, SOCIAL, POLÍTICO E CULTURAL.
DESIGUALDADE SOCIAL: 80% da população vivia no campo, 90% não sabia ler e escrever. Os camponeses trabalhavam como se fossem animais de carga e viviam esfarrapados e famintos, o povo era humilhado e maltratado.
Os nobres viviam no luxo e riqueza vivendo da fartura e do desperdício com festas, banquetes e roupas luxuosas.
País predominantemente agrário e semifeudal, a aristocracia rural e o clero ortodoxo detinham o controle da propriedade da terra. Ocidente europeu: regimes liberais
Rússia: absolutismo, império autocrático, governado pelo Czar Nicolau II
Nicolau recusava conceder a seus súditos um governo constitucional e parlamentar.
Partidos políticos: proibidos censura à imprensa e qualquer rebeldia contra o governo era duramente reprimida, podendo o rebelde ser exilado na Sibéria.
Inspirados nas idéias socialistas, surgiram no país vários partidos clandestinos de oposição à autocracia czarista. O principal partido de oposição era o PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA, baseado no socialismo marxista (Karl Marx). Em 1903 esse partido dividiu-se em duas facções: os BOLCHEVIQUES e os MENCHEVIQUES.
*Mencheviques: (minoria)- eram liderados por Martov, esses revolucionários defendiam a aliança com a burguesia e a passagem gradual ao socialismo através de um lento processo de reformas políticas.
*Bolcheviques:(maioria)- liderados por Lênin, eram revolucionários e defendiam a instauração do socialismo na Rússia com base numa aliança entre os camponeses e os operários.
Guerra Russo-Japonesa
A Rússia expandiu-se, mas em direção ao Oriente, acabando por se chocar com o imperialismo japonês na Manchúria e na Coréia, essa rivalidade acabou por provocar em 1904 a eclosão da guerra Russo-Japonesa. O Japão obteve esmagadora vitória sobre a Rússia aumentando ainda mais as dificuldades do povo russo.
Em janeiro de 1905, em Petrogrado, uma passeata pacífica liderada por um padre, culminou no massacre dos manifestantes pelo exército do Czar. Nesse episódio, conhecido como “Domingo sangrento”, mais de mil pessoas foram massacradas, tornou-se o estopim para o início da revolução, chamada posteriormente por Lênin de Ensaio Geral. O país foi abalado por uma série de greves e revoltas.

REVOLUÇÃO RUSSA 1917
Os SOVIETES (conselhos de operários, camponeses e soldados) encabeçam a luta contra o czarismo.
O Czar, pego de surpresa, foi obrigado a fazer algumas concessões. Em 1906 reuniu-se a DUMA (parlamento russo) controlada pela burguesia liberal e pelos grandes proprietários, com o objetivo de elaborar uma constituição para o país. Porém em 1907 o czar Nicolau II, fortalecido com o apoio estrangeiro e pelo retorno das tropas que estavam no Oriente, desencadeou a contra-revolução, dissolvendo os sovietes e prendendo e exilando os membros da oposição. As concessões liberais foram suprimidas e a Duma, embora conservada, passou a ter uma existência meramente simbólica.
A Rússia e a Primeira Guerra
  1. Desorganização da economia
  2. Penúria, fome, racionamento
  3. Saques, passeatas e protestos contra o Czar
Os desastres militares, aliados à crise econômica e financeira que atingiu o país, aceleraram o declínio da autocracia russa. A política de Nicolau II ao querer dar continuidade à guerra acelerou o início da revolução e provocou a QUEDA DO CZARISMO.
MENCHEVIQUES responsáveis pela Revolução de Fevereiro (1917)
O QUE FIZERAM Derrubaram o regime czarista através de uma greve geral e uma insurreição de massas, com operários criando conselhos (os sovietes) junto com os soldados, formados por camponeses mobilizados para a guerra. Contudo, não realizaram a reforma agrária.
O QUE NÃO FIZERAM Reforma agrária: essencial para o país, e não tiraram a Rússia da guerra devido às alianças com a social-democracia européia.
BOLCHEVIQUES lançaram-se na disputa da direção daquele processo político. Seu lema:
PAZ, PÃO E TERRA
Paz: representava a saída imediata da guerra.
Pão: resolução do problema da fome no país.
Terra: atender à demanda da população que vivia no campo, sem acesso à terra.
A REVOLUÇÃO DE OUTUBRO (1917) tomada do poder pelos bolcheviques poder nas mãos dos trabalhadores.
Objetivos:

  • Implantar a pequena propriedade privada e não a propriedade social;
  • O setor social era composto basicamente por operários urbanos interessados em destruir o czarismo como regime político e as relações feudais no campo;
  • Construir a socialização da economia;
  • A construção de um Estado socialista.
  • Quando se iniciou a sessão inaugural de um congresso de sovietes, Lênin subiu a tribuna e falou: “O exercício de todo o poder é transferido aos sovietes de deputados, operários, camponeses e soldados. Passemos agora à construção da nova ordem socialista.” Foi organizado em seguida um novo governo, o CONSELHO DOS COMISSÁRIOS DO POVO, presidido por Lênin, que decretou a reforma agrária e a estatização dos bancos e das fábricas, assim como estabeleceu um armistício com a Alemanha.
Por: FARIA, Leandro dos Santos Graduando de Geografia da FASM-Muriaé.

CARNAVAIS MALANDROS E HERÓIS: POR UMA SOCIOLOGIA DO DILEMA BRASILEIRO

Malandragem

A malandragem nos dias de hoje se aproxima da violência e da bandidagem, que afronta a ordem e as autoridades, distinguindo-se por exemplo do malandro da década de 30 que era bem visto por todos.
Segundo DaMatta (1997) o malandro se encontra em uma linha intermediaria entre o caxias, que é um indivíduo que respeita todas as leis e regras da sociedade, e o bandido ou criminoso que se exclui da sociedade rompendo com as importantes regras sociais. Podemos definir o malandro como o meio termo aceitável ou razoável entre o caxias e o bandido.
Em outra vertente tem-se o otário, ou seja o indivíduo que permite a existência do malandro. O otário pode ser identificado como sendo o estado ou o caxias.
DaMatta (1997) propõe uma distinção entre o malandro e a malandragem como valor, pois a malandragem é algo que fazemos no dia a dia, como comprar produtos pirateados. É neste ponto que o otário tem a sua origem: quando por exemplo alguém compra um produto licenciado de elevado valor monetário ao invés de optar pela compra de um produto não licenciado idêntico ao original, porém de baixo valor monetário.
Algumas praticas comuns de um malandro são: Não declarar ou declarar parcialmente o imposto de renda, negligenciar os sinais de transito, compra de produtos não licenciados ou que não pagam direitos autorais, furar filas entre varias outras práticas.
A malandragem é um sintoma de má relação de um indivíduo com o estado. Uma sociedade de malandros é criada quando o estado prega leis que contrariam aquilo que é praticado por sua população ou que esta população considera uma pratica razoável, isso torna ações comuns em crimes.
A malandragem apresenta então uma outra vertente da sociedade se opondo em parte à sociedade que quer leis e possui um furor jurídico.
No berço politico podemos encontrar “Malandro Oficial candidato a Malandro Federal” é o que diz uma frase escrita por Chico Buarque na década de 1950 e que cabe muito bem aos dias de hoje.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


DaMatta Roberto. Carnavais, malandros e herois: por uma sociologia do dilema brasileiro. 6. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.

Por: FARIA, Leandro dos Santos Graduando de Geografia da FASM-Muriaé.